quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A Carta que nunca te escrevi!

Talvez tenha ficado tanta coisa por dizer, tanta coisa por fazer, tanta coisa por explicar!

Talvez tenham ficado sonhos por realizar, etapas por cumprir.

Poderia ter sido de uma maneira diferente, poderia ter sido tudo igual.

Poderia ter sido tudo tão real, poderia até ultrapassar a ilusão.

Pode ter sido karma, ou algo inexplicável. Pode ter sido tanta coisa.

Pode ter sido a estrela que desapareceu, ou talvez ela nem sequer existiu.

Talvez não tenha passado apenas de um truque ilusionista. Um truque cruel, um truque destrutivo.

Talvez aconteceu sem explicação, somente porque teve de acontecer.

Nada passou de uma história de encantar em que o príncipe encantado se revelou ser o lobo mau e os caçadores se revelaram os bons da fita. Uma historia de encantar que apesar tudo teve um final feliz.

Um final em que tudo deixou de ser uma ilusão e se tornou real.

Há muitas palavras que ficaram por dizer, muitos sentimentos que ficaram por se revelar.

Tantas palavras que não deveriam ter sido ditas.

Tantas provas que não deveriam ter sido testadas.

Tantos olhares que foram tão falsos.

Tantas palavras de conversa feita.

Tantas fases que transparecia um filme de Hollywood.

Tantos bons actores, e maus realizadores.

Tantas músicas cantadas mas com maus cantores.

Tantas palavras que fluem na minha mente estranha, que apenas eu a consigo entender.

Apenas eu consigo entender a grandiosidade deste sentimento que era tão belo e que se tornou tão repugnante.

Poderia passar uma borracha nessa página, mas ela foi escrita com caneta, caneta permanente, que o corrector apenas diminui a sua luminosidade.

Poderia soprar nestes sentimentos, mas eles estão agarrados como se fossem uma lapa.

Poderia fazer mil e uma coisas, mas simplesmente me limito a guardar essa página numa caixa que está guardada no local mais escuro e impenetrável na minha mente.

Uma mente complicada de entender, uma mente que procura desafios, riscos, uma mente que ninguém entende, nem tu próprio a entendias. A mente mais estranha que talvez possas ter conhecido.

Talvez não tenha coragem, talvez seja cobardia não te dizer metade do que a minha mente transporta!

Mas a realidade é que tu não mereces sequer que deixe que entres um pouco na minha mente!

Desaparece!

Mas não morras!

Corre!

Mas não fujas!

Vai para longe!

Mas não longe o suficiente!

Esta é a carta que eu nunca te escrevi!

Esta é a carta que mostra o sofrimento que eu transporto apenas por saber que existes!

2 comentários:

  1. Transporto em mim uma tristeza constante.
    Não entendida!
    Repugnada por toda a gente!
    Mas uma tristeza pura, escondida por um sorriso!
    Uma tristeza que envolve amor, desprezo, variados tipos de sentimentos!
    Apenas uma palavra: ACABOU!

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  2. Carp Diem, filhinha....Não sofras pelo passado vive o momento...o que é teu esta guardado...ninguem merece um dia da tua tristeza
    sabes muito bem que entendemos o que tu passas mas nem sempre demonstramos...
    Não digas que acabou, nada acaba, tens que ter consiencia que algo de bom vai iniciar basta tu abrires o teu coração e veras que as coisas serão mais faceis...bj amo-te muito

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